Santos I

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Santos: 1 -Os santos têm alma de aço, mas não necessariamente nervos de aço. Cansam, se esgotam, alucinam. Providencialmente ou não podem ter aí uma experiência com o sobrenatural ou simplesmente sofrerem naturalmente como qualquer ser humano comum as penas que naturalmente se impuseram.

Santo pega gripe achando que é tuberculose? Sim. Têm crises de estresse em determinadas situações? Claro. Então podem ver um anjo que meramente imaginaram? É evidente!!

Um santo que geneticamente seja mais suscetível à imaginação, sensível... perde os genes com a santidade? Qual a polêmica em admitir que há santos que o foram APESAR de seus problemas e não POR CAUSA de seus problemas, superando com fé e perseverança o modo de lidar com eles?

Há base canônica para aceitar essa obviedade? Sim. O próprio código de canonização prevê tudo isso e admite com toda a simplicidade que uma pessoa virtuosa se alucine e possa aderir a idéias de que eram razoáveis crer por sua própria instrução e senso comum de seu tempo. Bento XIV, o grande sábio, escreveu notas e notas para retificar e justificar algumas bobagens que os santos disseram ou imaginariamente receberam em vida.

Mario Umetsu