10/09/2018

Constituição Sollicita ac Provida - trechos

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► "Por isso, dever-se-á refrear a arbitrariedade dos escritores, os quais, como dizia Agostinho no livro 12 das 'Confessiones', cap. 25, n. 34, 'se apegam a seu próprio parecer não por estar certo, mas por ser o deles', de que não apenas reprovam as opiniões dos outros, mas de maneira vergonhosa chegam a vituperá-las e desacreditá-las. 
Não se deve em absoluto tolerar que opiniões privadas sejam por alguém impostas nos livros como doutrinas certas e definidas pela Igreja e que as opiniões contrárias sejam tachadas como erros [...]. 
O Angélico Príncipe das Escolas e Doutor da Igreja, Santo Tomás de Aquino, [...] quando necessário, ataca as opiniões de filósofos e de teólogos que, impulsionado pela verdade, tem de rechaçar. Mas a já conhecida fama deste tão grande doutor é admiravelmente aumentada pelo fato de que ele, pelo que se vê, nunca menosprezou, ofendeu ou difamou nenhum de seus adversários, mas, ao contrário, a todos ganhou por sua cortesia e amabilidade [...]. 
Os [tomistas] que costumam citar e gloriar-se de tão destacado mestre [...] devem emular este grande mestre usando de moderação ao escrever e mostrando sumo respeito para com seus adversários na maneira de tratá-los e de disputar com eles. E também os outros, que divergem da escola e da doutrina de Santo Tomás, dever-se-iam esforçar no mesmo sentido. Pois a Igreja propôs como exemplo diante dos olhos de todos as virtudes dos Santos".
— Papa Bento XIV,
Constituição Sollicita ac Provida

Mario Umetsu

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