13/09/2019

Especulações demonológicas e mediúnicas

Mario Umetsu: Um treco que me assusta no catolicato...

Um treco que me assusta no catolicato brasileiro é o DESEJO, o GOSTO que as pessoas têm em saber ou especular sobre uma pessoa supostamente possuída por demônios.

A discussão não deveria e nem tem ares de teológica. Para cada caso dado, há um sem número de provas em contrário colaborando para a explicação natural, mas elas ficam furiosas em ter que lidar com isso, ainda que reconheçam que não sabem nada, nada, nada a respeito de quaisquer critérios religiosos ou clínicos. A graça é saber que tem alguém sofrendo com demônios e ninguém pode tirar tal ilusão sadicamente divertida de suas cabeças.

Há padres que são iguais, e temos uma lista inúmera deles. Existiram os que batiam nos possessos até a morte em busca de encontrar ou retirar aquele demônio que "certamente" estava ali. Todos esses, modernos ou antigos, agem de maneira clarissimamente contrária a regra canônica que aduz que toda prática em contrário da interpretação demonológica deve ser considerada e PREFERIDA. Sempre.

Os critérios de prova - sempre pessoais - dos exorcistas nunca são cotejados por seus leitores. Todos os interpretadores (e não intérpretes, porque quase todo caso narrado é ininterpretável pela extensa falta de dados) de livros de exorcistas reunidos não são capazes de ler um hemograma de rotina mas vivem de questionar a psiquiatria.

Mario Umetsu



St. Francis Borgia performs an exorcism, by Goya (Public domain/Wikipedia)

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Mario Umetsu
1 de setembro
Dizer que depressão é frescura e que um exorcista irá curá-la são dois absurdos do mesmo nível.

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Mario Umetsu - o CLAP
15 de setembro
Uma das maiores conquistas do padre Quevedo foi a construção do CLAP, que com sua clínica recebia os casos mais graves de psiquiatria, de histeria e fenômenos anômalos do Brasil e da América Latina, quando médico algum queria cuidar, por imperícia ou mesmo medo de lidar com "gente enfeitiçada" (sic). Durante décadas aberto, jamais devolveu um doente para o lar sem que fosse restabelecida sua condição de saúde.

Fora isso, o CLAP abrigava a maior e mais organizada biblioteca de parapsicologia e ilusionismo do mundo.

Mario Umetsu: desafio

20/09/19
Outro desafio dos tempos do CLAP aos espíritas é a escrita cruzada:
Dois médiuns psicógrafos colocados separados a alguns quilômetros, escrevendo ao mesmo tempo, cada um, uma linha de texto de maneira intercalada (o "médium 1" leva a termo a primeira, a terceira e a quinta linha, e o "médium 2" completaria com a segunda e a quarta). O pequeno texto de cinco linhas deveria apresentar coerência e unidade entre suas partes.
Acreditamos que todos os bons espíritos de amor e luz, pró-evangelização kardecista, com sua força espiritual e imaterial não-submetida às distâncias, deveriam nutrir interesse por uma comprovação tão simples, já que estão habituados a produzirem maravilhas muito maiores.
O curioso é jamais termos visto alguém - nem vivos e nem mortos - aceitar o humilde desafio.
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