Rock na atualidade

Só nesta época - onde qualquer um "converte" qualquer um - pode-se haver quem diga que foi convertido pelo metal.

Os sons sem ordem alguma, quando submetidos a pensamentos mais técnicos de contraponto não visam qualquer efeito final; e cada elemento levemente trabalhado se perde em um emaranhado de sons arquitetados apenas para criar efeito em sugestionáveis - e eu já expus os fatores de inibição cortical transmarginal/ ultradivisória/ ultramaximal para que concorrem.

O típico cenário de bueiro, o jeito histriônico de fingir que canta aos berros finos e gemidos próprios de atos sexuais, as frases jogadas que nunca dizem nada com nada e mais o fascínio que uma propaganda milionária prostrando uma mídia podre soube arraigar na mentalidade de quem acha muito bom... raiam a blasfêmia e a profanação quando se misturam com qualquer símbolo que se diga celeste.

Como bem observou o papa Bento XVI, em "O espírito da liturgia", "O rock é uma expressão básica das paixões que, em grandes plateias, pode assumir características de culto ou até de adoração, contrários ao cristianismo". Nada seria tão belo se o Santo Padre também conhecesse a neurologia, para complementar sua exposição.

Mario Umetsu