10/01/2019

PADRE QUEVEDO / ARQUIVO - JORNAIS 00'



São Paulo, Domingo, 02 de Janeiro de 2000 - (TV - FOLHA)

SEM MEDO DE ASSOMBRAÇÃO


Com o quadro "O Caçador de Enigmas", padre Oscar Quevedo pretende revelar os "truques" dos paranormais


Padre quer desmascarar místicos no "Fantástico"

BRUNO GARCEZ
da Reportagem Local



A PARTIR de hoje, um senhor de 69 anos promete ser a pedra no sapato de paranormais, astrólogos, espíritas e pais-de-santo. A data marca a estréia de "O Caçador de Enigmas", quadro protagonizado por Oscar Quevedo, padre jesuíta que diz ter desmascarado paranormais como o israelense Uri Geller e que ofereceu US$ 1 milhão para que o brasileiro Thomas Green Morton provasse que seus feitos eram sobrenaturais.

A atração comandada pelo padre terá cerca de oito minutos e será exibida quinzenalmente no "Fantástico", da Globo. Algumas das primeiras gravações que irão ao ar serão os debates que Quevedo travou com um babalorixá que dizia ser capaz de incorporar o demônio e com um líder espírita que alegava ter fotos que traziam imagens dos espíritos de pessoas mortas.


Segundo Quevedo, "O Caçador de Enigmas" tem como propósito "refutar o que é falso e explicar o que é verdadeiro". Na acepção do padre, por falso entenda-se possessões demoníacas, reencarnação e o que chama de "truques" dos parapsicólogos. Quevedo não é, no entanto, um cético, visto que crê no poder divinatório, na telepatia e afirma que os milagres reconhecidos pela Igreja são irrefutáveis, "mas não ocorrem na proporção que muita gente acredita".


O padre conta que sua autoridade no tema vem de sua experiência de 50 anos com a parapsicologia e de seus 15 livros publicados sobre o assunto. Além disso, leciona no Clap (Centro Latino-Americano de Parapsicologia), de São Paulo. "O Caçador de Enigmas" não é a estréia de Quevedo na TV. Na década de 70, ele apresentou um programa semanal sobre parapsicologia na TVE carioca e ainda se exibiu em emissoras argentinas e norte-americanas.


Mas talvez o evento televisivo mais célebre que protagonizou tenha sido seu confronto com Uri Geller, parapsicólogo célebre na década de 70, que se apresentava mundialmente exibindo números em que, supostamente, entortava metais com o poder da mente, acendia lâmpadas sem o uso de eletricidade e fazia objetos se mexerem sem tocá-los.


"Nos anos 70, a Globo trouxe Uri Geller ao Brasil. Ao fim de cinco horas, demonstrei, no ar, que aquilo tudo era falso. No dia seguinte, ele próprio reconheceu que o que fazia era truque e embarcou de volta para casa no primeiro avião", ufana-se Quevedo.


Outro de seus alvos foi o parapsicólogo Thomas Green Morton. Nos anos 80, Morton notabilizou-se pelos hipotéticos poderes de entortar talheres, ressuscitar pássaros e transformar papel alumínio em objetos sólidos.


"Até hoje, Morton foge de mim. Eu o desafiei, propondo-lhe US$ 2.000 para que ele provasse ser capaz de, como alegou, converter um ovo em um pintinho em 40 minutos e também dobrar um trilho de trem. Ele fez uma contraproposta de US$ 100 mil e eu, juntamente com entidades parapsicológicas internacionais, ofereci US$ 1 milhão. Cheguei até a procurá-lo em sua cidade, Pouso Alegre (MG), mas Morton sumiu."


O quadro apresentado por Quevedo terá, a exemplo do "Mister M", narração de Cid Moreira e os textos serão assinados pelo mesmo autor, Luiz Petry, mas o padre rejeita comparações com o mágico mascarado. "Mister M explicava indevidamente o segredo profissional de mágicos, de artistas. Mister M e a parapsicologia não se relacionam, apesar de eu ter sido mágico por muitos anos, algo que ajudou na minha formação, já que é preciso conhecer os truques para não se deixar enganar por eles", afirma.


Luiz Petry endossa as palavras de Quevedo: "É um outro departamento. Abriremos espaço para os parapsicólogos. Não tem o humor do texto que criamos aqui para o Mister M". Logo, ninguém espere ouvir ao fim de cada quadro a voz de Cid Moreira exclamando: "Boa, padre Quevedo, o sacerdote de todos os sortilégios!".



Matéria Original em: 

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/tvfolha/tv0201200011.htm

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ISTO É - Gente / 17, janeiro, 2000
Quevedo, o Mr. M de batina

► O filho de um aristocrata do reino espanhol é o novo astro que desvenda truques de supostos fenômenos sobrenaturais


Cesar Guerrero


Foto: Pio Figueiroa

O senhor de todos os sortilégios não brilha mais aos domingos, mas a direção do Fantástico aposta todas as suas fichas em um novo Mr. M. Só que vestido de batina. O escolhido é o padre Oscar González Quevedo, um jesuíta com 69 anos que, apesar de morar no País há 41 anos, ainda carrega o sotaque da sua Espanha natal. A máscara preta do dedo-duro dos mágicos foi substituída por um semblante fechado, beirando a sisudez. No lugar da roupa preta colada ao corpo, entra em cena uma batina ou um terno de cores sóbrias. "Vou desmascarar as fraudes ditas paranormais e que enganam as pessoas de boa fé", afirma Quevedo.

A aposta da direção do Fantástico já deu retorno. No domingo 9, entre as 22h35 e 22h45 a audiência média saltou de 33 para 38 pontos, com picos de 42. O que equivale a dizer que pelo menos 5 milhões de pessoas passaram a assistir ao programa somente por causa do novo personagem de batina. Seu antecessor, o Mr. M, era nos EUA praticamente um artista anônimo. Mas, em pouco tempo, caiu nas graças dos brasileiros e chegou a manter média de 45 pontos - ou seja, mais de 45 milhões de telespectadores viam o mágico mascarado entregar os truques de seus colegas de profissão. Impulsionado pelas aparições semanais na tevê, Mr. M desembarcou como celebridade na primeira visita que fez ao Brasil, no ano passado.

A curiosidade dos brasileiros por fenômenos paranormais, mágicas e afins tornou-se comum na televisão brasileira nos anos 70, quando Uri Geller entrava em cena entortando colheres, garfos, facas e chaves e quebrando os relógios dos brasileiros que estavam em frente à telinha. De lá para cá, veio o galã David Copperfield - sempre vestindo preto e que fazia com que desaparecessem no ar de elefantes à Estátua da Liberdade, em Nova York. O mágico cortava mulheres ao meio, sumia com motocicletas no ar e saía voando como uma borboleta. Quevedo vai, na prática, fazer o mesmo que Mr. M fazia. Dedurar os truques, só que não de mágicas preestabelecidas pelos profissionais da área. E sim de anônimos que se dizem vítimas de fenômenos paranormais. Na sua primeira empreitada, ele mostrou a uma família do Rio de Janeiro que as lâmpadas, vidros e espelhos quebrados na residência não eram acontecimentos do além - e sim provocados por uma das moradoras da casa, que, com astúcia, conseguia enganar a todos.

Mas essa não foi a primeira experiência de Quevedo com luzes e câmeras. Por ser um especialista em parapsicologia e ter uma das maiores bibliotecas sobre o tema da América do Sul, ele já tinha sido entrevistado por Jô Soares e freqüentemente era convidado a participar de programas de auditório como o de Gugu Liberato, no SBT, ou de Ratinho, então da Rede Record. O convite para participar do Fantástico surgiu em outubro do ano passado, quando o padre estava no Rio de Janeiro para participar de uma palestra sobre parapsicologia. Quevedo não queria remuneração, já que padre jesuíta faz voto de pobreza. Ele estava ainda interessado em divulgar seu trabalho e abrir os olhos de quem acredita somente no que vê. Mas fechou um cachê simbólico para que a emissora pudesse contar com sua exclusividade. Estabeleceu-se assim uma remuneração de R$ 1.200 por programa. Em contrapartida, o padre terá de pagar uma multa de R$ 50 mil, caso decida aparecer numa emissora concorrente. O contrato vai até março, quando será revisto pela direção da Globo.

Para lançar o novo personagem, a direção criou um logotipo: Mr. Q. "Mas eu não aceitei", diz Quevedo. "Então chegamos ao acordo de que eu poderia ser o caçador de enigmas." Mr. Q não foi aceito pelo padre também porque seu superior na igreja, José Antonio Netto, da Ordem dos Jesuítas - uma das forças tradicionais da Igreja Católica -, é contra atrelar a imagem do padre à do mágico americano. "Quando soube que ele poderia substituir o Mr. M na tevê, escrevi uma carta pedindo explicações", diz Netto, padre superior da Província Brasil Centro-Leste. "Acho esse trabalho importante porque o brasileiro acredita demais em tudo o que vê", conclui. A direção da Globo bolou então um jeito de transformá-lo em caçador de enigmas e colocou o padre para gravar a abertura do quadro do Fantástico no forte de Santa Cruz em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. Foram três horas de gravação para se utilizarem apenas 20 segundos de imagens do padre andando por um corredor escuro. "Eu tive que repetir a gravação umas 18 vezes", diz.

Pai fuzilado

A explicação da obsessão de Quevedo em desvendar fenômenos paranormais vem de infância. Seu pai, Manoel González Quevedo, um deputado tradicionalista de Madri, na Espanha, era ligado à corte do rei Alfonso XIII. Quevedo tinha educação ímpar. Mas seu pai foi preso pelo regime estabelecido pela Frente Popular, que reunia republicanos e comunistas. O garoto, então com 3 anos, estava habituado a visitar o pai na prisão, quando foi informado por sua mãe, Angeles Bruzon, de que ele tinha sido fuzilado. A família teve que morar um tempo em Gibraltar para fugir da perseguição política e Quevedo passou a conviver mais com um tio que acreditava em espiritismo. Por conta dessa convivência com o irmão de sua mãe, ele começou a ler livros sobre o tema. Tinha então 7 anos. "Eu era católico, mas era muito supersticioso", lembra Quevedo.




Foto: Pio Figueiroa

A vocação religiosa, ele a descobriu quando estudava humanidades na universidade de Salamanca, no norte da Espanha. O jovem se formou em Psicologia e Filosofia na Universidade de Santander e entrou no seminário jesuíta. Padre Quevedo é um poliglota: além do português e espanhol, ele domina hebraico, latim e grego. Estudou mágica e ilusionismo nas horas vagas da escola e acabou se tornando conhecido no campus da faculdade. Depois de se formar, seguiu o conselho do padre Vicente Gonzales, reitor da faculdade de Filosofia, que recomendou que ele conhecesse o Brasil, considerado na Europa um terreno fértil para pesquisadores dos temas sobrenaturais. Quevedo desembarcou no Rio de Janeiro e foi direto para um seminário em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, onde foi ordenado padre em 1961. Decidiu morar em São Paulo, por causa da Faculdade Anchieta, vinculada a uma comunidade jesuíta. Foi então que fundou o Centro Latino-Americano de Parapsicologia (Clap) para estudar e formar pesquisadores do tema.

Hoje, Quevedo mora na comunidade jesuíta do Colégio São Luís, na Avenida Paulista, em São Paulo. Acorda todos os dias às sete da manhã. Faz uma série de orações e segue para o Clap, onde passa o dia estudando. Lá o padre mantém uma biblioteca com mais de 10 mil volumes sobre paranormalidade, leciona um curso de pós-graduação e presta atendimento a pessoas com distúrbios psíquicos. Apesar de não acreditar e nem temer bruxaria e mau-olhado, o padre confessa que já passou por momentos em que sofreu com o medo que sentiu. Há dois meses, quando chegou ao convento para celebrar a missa, dois homens armados o assaltaram. Eles levaram o carro do padre, um Volkswagen Voyage, ano 1994. "Eu não tenho medo de bruxos, mas ladrão é um perigo", diz Quevedo.

Vítimas de Quevedo

Em dois domingos no mês, Quevedo vai perseguir falsos paranormais. Entre suas vítimas está Marcos Fabian Vieira, 37 anos. Ele pratica magia negra e ficou conhecido no Rio de Janeiro por garantir que incorpora a alma de Lúcifer. Vieira afirma que, sob a influência do anjo caído, consegue comer vidro e andar sobre brasas sem ter um arranhão ou bolhas nos pés. De frente um para o outro, o Fantástico vai mostrar que Quevedo consegue desvendar mais um enigma. Como? Quevedo espera Marcos Vieira incorporar Lúcifer e em seguida faz algumas perguntas ao anjo das trevas. Mas em hebraico, grego e latim, suas línguas originais, segundo relatos vindos da Bíblia. "Lúcifer jamais poderia falar essas línguas num corpo de brasileiro", justifica Vieira no programa após ser questionado pelo padre. "Ele é um falsário", acusa Quevedo. "Ele desrespeita as religiões que não são cristãs", retruca Vieira. "Se alguém diz que recebe espíritos, duendes ou demônios, eu provo que é mentira", garante Quevedo.


Em outro episódio, o programa vai mostrar uma casa no Jardim Japão, zona norte de São Paulo, que pega fogo sem explicação. A dona de casa Maria Josefina da Silva Santos, 48 anos que mora com o marido e os três filhos do primeiro casamento, estava lavando a louça quando viu a casa em chamas. Foram sete incêndios em uma semana, cinco dos quais só puderam ser controlados com o auxílio dos bombeiros. A família perdeu quase todos os móveis da casa. Quevedo foi até o local e, mais uma vez, desvendou a fraude. "Encontrei barbantes queimados embebidos em querosene", denuncia o padre. Josefina não aceitou o seu diagnóstico. "O padre mente. Aquele barbante era da juba de um leão de pelúcia da minha filha", argumenta Josefina.

Envie esta página para um amigoNos seus estudos, o padre afirma que existem ocorrências autênticas de pessoas que vêem um fogo aparecer repentinamente em parte do próprio corpo, a chamada pirogênese. "Existem fenômenos paranormais que são verdadeiros e eu acredito nisso", diz Quevedo. Há 20 anos, ele mesmo confirmou um desses casos, numa mulher que atraía objetos metálicos, uma faculdade chamada aporte. "Os fenômenos autênticos não são controláveis, são espontâneos e ainda assim têm uma explicação científica", garante.

Por desvendar truques e combater o charlatanismo, o padre já foi alvo de bruxaria. Em 1981, encontrou um despacho na porta de seu escritório com velas pretas e um sapo com a boca amarrada. Quevedo procurou um amigo otorrinolaringologista que verificou através de um instrumento médico que dentro da boca do sapo havia uma foto do padre. "Eu quero que todos eles façam feitiços contra mim" diz. "Não tenho medo algum."

Colaborou Rosângela Honor, do Rio de Janeiro



Matéria Original:

https://www.terra.com.br/istoegente/24/reportagens/rep_quevedo.htm


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FANTÁSTICO

Padre Quevedo, Caçador de Enigmas


'Isso non ecziste'. Entre 2 de janeiro e 5 de maio de 2000, Padre Quevedo, jesuíta espanhol radicado no Brasil, aparecia no Fantástico para desvendar fenômenos da natureza e desmascarar charlatões.
A ideia do quadro surgiu em agosto de 1999, quando a produção do programa decidiu colocar no ar um quadro que seguisse a linha de Mister M, sucesso de audiência naquele ano. Após negociações, Padre Quevedo aceitou o convite, dizendo que não interpretaria nenhum personagem, já que era um estudioso com a missão de “desmistificar essa mentalidade mágica que envolve os fenômenos parapsicológicos”.
O Caçador de Enigmas tinha apresentação de Cid Moreira que, diante de um fundo preto, parcialmente iluminado, apresentava o assunto do dia em clima de mistério: “esse é um caso para padre Quevedo.”
O religioso investigou casos como o de gêmeas que diziam sentir as mesmas coisas, mesmo estando separadas; expôs a farsa de uma casa mal-assombrada; interpretou gravações impostores diziam ser do além; comentou casos de premonição envolvendo a queda do Fokker da TAM.
O quadro teve produção de Celso Lobo, fotografia de Edison Santos, Gilmário Batista, C. Paquetá; edição de imagens de Roberto Cavalcanti; reportagem e edição de Luiz Petry. 
Matéria original:
http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/telejornais-e-programas/fantastico/fantastico-padre-quevedo-cacador-de-enigmas.htm






        São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 1996            Poder da mente é fenomenal
FOLHA SP 





A mente é capaz de produzir sim a imagem de um fantasma, mexer objetos à distância ou incendiar uma pilha de papéis, por exemplo. Essa é a opinião de alguns parapsicólogos procurados pelo Folhateen.


A parapsicologia estuda fenômenos mentais, como a telepatia, e fenômenos físicos, como a psicosinesia ou 'poltergeist' (movimento espontâneo de objetos), e a pirogênese (aparecimento de fogo), diz Zangari.

Os especialistas só não sabem explicar como funciona o poder da mente para produzir tais fenômenos. "É isso que estamos estudando", diz Wellington Zangari, diretor do Instituto de Pesquisas Interdisciplinares das Áreas Fronteiriças da Psicologia, de São Paulo.

A diferença entre a parapsicologia e a psicologia é que para essa última os fenômenos só acontecem "dentro da cabeça das pessoas", diz o padre parapsicólogo e diretor do Clap (Centro Latino-Americano de Parapsicologia) Oscar Gonzalez Quevedo.

Fantasma é ectoplasma

Para o padre Quevedo, a imagem do "fantasma" é real, não existe apenas na cabeça da pessoa. "O fantasma é um ectoplasma -uma substância visível, que emana do corpo da pessoa. Uma espécie de nuvem, na forma de alguma imagem que a pessoa tem na cabeça", explica ele.

Tais fenômenos nada têm de sobrenatural, diz Zangari. Quando um objeto se move sozinho ou a porta fica travada, como no caso da Câmara Municipal (leia texto acima), não é por ação de um "espírito do outro mundo", mas por força da mente da pessoa.

Zangari afirma que os casos de fenômenos paranormais são involuntários e ocasionados por pessoas que estão vivendo uma fase difícil, como estresse na escola ou problemas emocionais. "Os fenômenos funcionam como uma válvula de escape, uma 'explosão' da mente", diz Zangari.

Ele e o padre Quevedo afirmam que 90% dos casos ocorrem entre meninas adolescentes que têm pais muito repressores.

O tratamento, segundo os parapsicólogos, é por meio de terapia. "Quando a pessoa se conscientiza de que o problema é causado  por ela mesma, já começa a melhorar", garante Zangari. Para Quevedo, "o que nos dá mais trabalho no tratamento é a mentalidade mágica das pessoas".
Se os vereadores aprovarem, Zangari vai coordenar as investigações na Câmara Municipal.
Matéria Original:
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/7/15/folhateen/5.html







O dia em que Padre Quevedo desmascarou o médium João de deus com uma resposta épica.

Artigospor Editor ChurchPOP - jan 10, 2019


Morreu na madrugada do último dia 9 de janeiro Padre Quevedo, jesuíta espanhol, que ficou famoso no Brasil por participar de diversos programas de TV em que desmistificava acontecimentos supostamente sobrenaturais.

Pe. Quevedo demonstrava que na maioria dos casos, os acontecimentos não passavam de truques de ilusionismo ou raramente eventos parapsicológicos que podiam ser explicados à luz da ciência. Ele fazia tanto sucesso que chegou a ganhar uma série dentro do programa Fantástico, da rede Globo de televisão, chamado de “O Caçador de Enigmas”.

Uma das histórias clássicas envolvendo o Pe. Quevedo foi quando ele foi ao encontro do “médium” João de ”deus”. Um jornalista questionou o padre: “O senhor se acha capaz de desmascarar as curas espirituais praticadas pelo curandeiro João de Deus, que atua em Abadiânia, nas proximidades de Brasília?

E essa foi a resposta épica do sacerdote:
O João de Abadiânia é pura farsa, todo mundo sabe. Eu já fui lá e ele fugiu. Ele diz que incorpora o espírito do jesuíta Santo Inácio de Loyola.
Ora, Santo Inácio de Loyola era basco e João de Abadiânia, quando se diz incorporado pelo santo, não fala uma palavra em espanhol. Santo Inácio estudou na Universidade de Paris e João de Abadiânia não sabe francês, nem fala nessa língua quando se diz incorporado. Santo Inácio viveu muitos anos em Roma e João não fala em italiano. Santo Inácio, como todos os padres da época, sabia latim. João de Abadiânia, não entende e nem fala uma só palavra em latim quando se diz incorporado. Ele mesmo quando está doente, vai aos médicos, não procura um curandeiro nem apela ao espírito de Santo Inácio de Loyola.

Matéria Original:

https://pt.churchpop.com/o-dia-em-que-padre-quevedo-desmascarou-o-medium-joao-de-deus-com-uma-resposta-epica/

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