23/12/2018

ESPIRITISMO: O ERRO ELEVADO AO MÁXIMO

Pe. Oscar González-Quevedo:

ESPIRITISMO - O ERRO ELEVADO AO MÁXIMO 

Como não podia deixar de ser, Allan Kardec pertencente a uma loja maçônica que só pretendia atacar o Catolicismo, no fim do século XIX disfarçou de Espiritismo todas as heresias e ataques ao Catolicismo dos que teve notícia, deu tratos à bola para incluir no Espiritismo também o deísmo. 
Como um papagaio, Allan Kardec repete todos os apriorismos dos racionalistas. Pergunta. “Deus faz milagres? (...) Deus os tem feito?"  Em outros termos: "Deus derroga suas leis?”
► Preciso responder? Também ele repete a espúria definição de milagre que já foi amplamente refutada em toda a série anterior.
Nada adianta que, astuta ou ignorantemente, contra a autêntica definição de milagre - Fatos admiráveis realizados por outra Força, não da natureza, intervindo no mundo -, diga que não são milagres as que seriam contínuas intervenções dos espíritos dos mortos. (Os parênteses a seguir são meus):

             “O maravilhoso (os milagres em geral), expulso do campo da materialidade pela ciência (?), encastelou-se no campo da espiritualidade (no Espiritismo), que foi seu derradeiro refúgio. O Espiritismo, demonstrando (?) que o elemento espiritual (os espíritos dos mortos) é uma das forças vivas da natureza (?!), força essa que incessantemente age em conjunto com a força material, faz entrar os fenômenos (supostamente devidos aos espíritos dos mortos) no círculo dos efeitos naturais (?!) que dele haviam saído”.

►E acrescenta da própria seara novas contradições. A respeito de Jesus pergunta Kardec:

☼ “Nas curas que operava, agia como médium? Pode-se considerá-Lo como um poderoso médium curador?” (E como se fosse em nome dos mais altos espíritos dos mortos, responde o próprio petulante Kardec): “- Não; pois o médium é um intermediário, um instrumento do qual se servem os espíritos desencarnados (?). Ora, o Cristo não tinha necessidade de assistência (...) Aliás, qual seria o espírito que ousaria insuflar-Lhe? (...) Se Ele recebesse um influxo estranho, não poderia ser senão de Deus; segundo a definição dada por um espírito, era o médium de Deus”.

► Flagrantes contradições. Antes disse que o último reduto dos milagres ficou com os espíritos dos mortos; contínuas intervenções através dos médiuns; mas que não são milagres. Agora diz que Cristo é o médium de Deus, médium insuflado por Deus; mas não aceita os milagres nem de Deus!!

Bom, só uma cabeça desparafusada – ou então mal-intencionada – como a de Kardec pode armazenar tantas contradições e tolices juntas em tão poucas linhas.

E também, como um papagaio, Gabriel Delanne, outro dos considerados máximos líderes do Espiritismo, repete mais uma vez em 1927 todas as tolices de Allan Kardec e as deturpações dos racionalistas:

     “O Espiritismo repele o milagre com todas as forças. Faz de Deus o ideal da justiça e da ciência; diz que o Criador do mundo, tendo estabelecido leis que exprimem Seu pensamento, não pode derrogá-las (a espúria definição), pois que elas são a obra da razão suprema e é impossível qualquer infração a essas leis(de novo a falsa definição).

Pe. Oscar González- Quevedo





🎭Decadência 
Se é verdade que hoje o espiritismo não influi mais tanto quanto antes nos brasileiros, isto se deve pela insensibilidade lógica e espiritual que ele mesmo desenvolveu através de quase um século de infiltração entre o povo católico, desfigurando sua identidade e injetando doses cavalares de sentimentalismo e falso bom mocismo no jeito de pensar nacional. 
Hoje vivemos entre um sem número de pessoas que mesmo não sendo kardecistas enxergam coisas, ovnis, objetos espirituais em tudo e todos, mas jamais sua própria condição social e psicológica.
Espiritualmente, crêem em exus, fadas, búzios, Walter Mercado, céu dos animais (embora duvidem do céu e até mesmo do destino sobrenatural dos humanos), incensos, ferraduras e tantas outras coisas, onde Nossa Senhora Aparecida pode figurar entre elas como alguém que "não atrapalha se não ajuda". 
Um ateísmo prático, do qual a doutrina de Kardec serve como nascente e caixa de ressonância, dada sua condição ambígua de crer em tudo e em nada ao mesmo tempo.
Mario Umetsu




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