07/06/2020

Amor a Fé


Mario Umetsu
7 de junho às 14:04 

Já li tanto de trads quanto de carismáticos que a leitura e a frequência a cursos do padre Quevedo levariam à apostasia. Em contrapartida, vejo que ambos os núcleos são eles mesmos campeões em apostasia e confusão: a RCC assusta, enlouquece e apavora um contingente de pessoas que se tornam relativistas ou saem correndo da Igreja por conta do baixo nível moral, intelectual e artístico a que tentaram lhes obrigar a se submeter, e o meio trad ultra moralizante, escrupuloso, fofoqueiro e robótico de onde com muita frequência sabemos ou recebemos notícias de pessoas que estão pedindo orações para si ou outras que se sentem apostatando, vigiadas por uma força oculta, e/ou são homossexuais vivendo sem qualquer resposta satisfatória ou direcionamento eficaz, por mais desejo de vencer que tenham.

O cara mais trad que conheci, persecutório, moralista, briguento, fazia pouco caso de mim e de todos os outros enquanto acolitávamos... foi visto dançando em bloquinhos de carnaval junto de seu namorado - e aqui apresento mero testemunho, sem qualquer juízo maior. Explicação já ofereci nos vídeos "Saí para louvar e voltei retardado", partes 1 e 2.

O prof. Felipe Equino, no livro "Falsas Doutrinas" afirma que é patente nas pessoas os danos espirituais causados pelos cursos do Clap/IPQ (chegando a replicar fake news da Revista Veja sobre uma suposta condenação de Roma sobre o jesuíta), sem nunca ter apresentado qualquer contabilização das pessoas que saem da Canção Nova direto para o descarrego na Assembréa ou ao centro espírita, sem contar as indignadas.

Não direi eu que dos cursos supracitados despontam doutores, pessoas exclusivamente temperadas - até porque atende a todo e qualquer tipo de público - mas sempre aberto à contestação e imune à lavagem cerebral, já recebeu personalidades como D. Boaventura Kloppenburg, Dom Estêvão Bettencourt (ambos que discordavam tanto de Quevedo) e tantos outros, bem como a bispos em quase todas as suas edições.

Não vejo surtos de apostasias. Bem ou mal, eu continuo aqui. Bem quevedista, e fazendo o que dá. Nunca pensei em arredar o pé da Igreja. Sequer me reconheço sem Ela no mundo da especulação imaginativa, desde que nunca fiz d'Ela um meio de aumentar o círculo de amigos, fazer dependerem de mim ou depender de alguém afetivamente tão somente por ser católico; realizar-me. Para todas essas necessidades existem outros meios e o fracasso em qualquer um desses itens não tem força para me catapultar da fé cristã.
💚





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